segunda-feira, 11 de novembro de 2013

JE NE SAIS PAS.



Eu quero dizer algumas palavras, mas Je ne sais pas.
Quero tomar algumas atitudes, mas...
Lembrar aquela musica. 

Eu quero saber fazer aquela comida, quebrar algumas correntes
e viver alguns momentos, mas... 
Quero falar aquela língua, mas Je ne sais pas.

Eu quero soprar versos bonitos.
Atravessar algumas fronteiras, mas... 
Eu quero saber enxergar aquele olhar, mas Je ne sais pas.

Eu quero agarrar o futuro, beijar o presente e ser amigo do passado.
Quero decifrar a morte, conhecer o viver e saber quem eu sou, mas...
Eu quero fazer uma poesia, mas Je ne sais pas.

sábado, 26 de outubro de 2013

Retrato em mim o que jamais retratei em você.
O espelho serve apenas de passagem...
Nele minha alma se vê com os olhos de fora; o dos pensamentos.

domingo, 13 de outubro de 2013

quero o aconchego de uma café
sentado na estrada, olhando os carros passarem
quero me olhar e não me arrepender de nada

quero aquele amor, ainda não amado
quero aquela musica dedilhada
aquele suspiro de alma

quero a tranquilidade de um vagabundo
e a paz de um iluminado
sem perder essa minha rebeldia que tanto me salva

quero ser esse menino de olhar admirado
aqui, ali ou em qualquer lugar
ser aquele que o espelho nunca fala

domingo, 22 de setembro de 2013

Eu abri a porta e não encontrei-a.
Caminhei até a janela, pensando...
Senti seu perfume ao puxar a cortina.
Fechei os olhos.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Desenhei seu corpo na parede.
A forma que encontrei para vê-la,
todas as manhãs, todas as tardes, todas as noites.
Desenhei em carvão.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Encaixotei nossa respiração,
enrolados em lençóis molhados.
Sereno, levei ao sereno da manhã.
Sentei e meditei.

Abri os olhos.
E tudo era poeira e espera.
Fotografei na película, nossos desejos.
Revelei e desenquadrei nossa vontade.

A imagem era um momento, em preto e branco.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NADA COM NADA.


...a noite tinha sabor de frio cínico. Enquanto caminhava sua esperança tomava aqueles chás para emagrecer, então não poderia esperar muita proteína de suas idéias.
As pernas em uma direção e as vontades em outra, dispersavam como multidão em protesto...
Já sabia que tudo era hipocrisia, já sabia que tudo era discurso, já sabia que tudo era filosofia.
Nesse resto de hoje nem dendê nem vatapá para alegrar sua discórdia.
Parou na esquina para a rebeldia beber o ultimo gole e comer uma daquelas sobremesas, feita de pão molhado ao leite (aguado).
Não resta nada, nem o perdido, esse já foi embora quando a coragem se socializou, acho que isso foi ontem...
Nada foi nada... Nada é nada.
Nada com nada.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A bela dorme.
Ela é pequena.
A pequena sonha.
Sonha que pinta.
Pintando dança.
Dançando canta.
A pequena encanta.

Ela é atriz.

domingo, 1 de setembro de 2013

fui ali na saudade, buscar um beijo amado...
ser a gota que molha os lábios de Namibe.


ao passo que ando, paro e penso; pensando
que paro, andando no que penso.

domingo, 25 de agosto de 2013

Sonhos eróticos na madrugada aliviam a mente perturbada, com oscilações sociopatas...
A carne ferve a verdade dos hipócritas nas suas jaulas de brilhantes.
O sangue esfregado na sua cara, unica forma de acordar.
A cidade dança de olhos fechados, porque assim a mentira toca sua melodia.
Vem alivia-se no meu gozo e esqueça de si, esqueça o redor, esqueça o outro...
Assim caminhamos, esquecendo tudo de tudo, não olhando, não escutando, não sendo.
A virgem ignorância é a nossa promessa... Rezemos, rezemos...
E o pai nosso de cada dia é a nossa burrice.
Agora levante e coloque sua calcinha, sua gravata, seu salto alto e vai, volte para sua janela... Eu a partir de hoje andarei descalço.
Não esqueça de dar sua malhadinha de cada dia, de cada hora, de cada pensamento,
leve seus fantasmas com você. Os meus já ocupam muito espaço.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

jantar.

quero comer um beijo com gosto de saudades...
beber o toque sem açúcar e adoçante.
degustar da tua sobremesa com licor de anis

café? de manhã, passado em bons lençóis amassados.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

fichas caem
coração não mente
mente não é coração
mente suspeita
suspeita que mente
fichas caem
conscientemente
involuntariamente elas
caem
na mente e
no coração

terça-feira, 25 de junho de 2013

busque me com a boca aberta.
não venha com vontades tardias.
quero degustar do que me é verdade.
não é historia, sou real.

domingo, 23 de junho de 2013


Na madrugada ela foi embora.
Na bolsa levou a duvida.
No corpo o aconchego.
Sua pele ainda respirava um despertar quente.

O que a tocou foi às palavras não ditas.
Mas seu apego a um passado desnecessário,
Torna novamente seu corpo frio.

Na madrugada ela foi embora.
Na bolsa levou o medo.
No corpo as vontades.
Sua pele ainda respirava as possibilidades.
O que a tocou; Foi o toque.

Na madrugada ela foi embora.
Andando devagar.
Na bolsa levou pensamentos.
No corpo sensações.
Sua pele ainda respirava...

Na madrugada ela foi embora sem pressa.
E a pensar, talvez;
Uma bolsa...  É apenas uma bolsa e nada mais.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sei dizer pouco com as palavras.
Mas compreendo o não dizer, dizendo de um silêncio.
Acho o Eu Te Amo desvalorizado, mas tenho fé em seu ato.
Amo primeiro com o corpo e depois me preencho de sentimentos, pois sou todo ação e dela fui feito.
Não super valorizo o tempo, mas presto atenção nos momentos que se tornam únicos.
E acredito que um bom beijo é a porta para o tudo.
Acredito também que uma porta que fecha é nada mais, do que uma porta que se fecha.
Abro-a, arrombo-a ou simplesmente parto para outra porta.
São tantas, sem dizer as janelas que em sua maioria são sempre mais numerosas.
Isso sem falar no teto, outra possibilidade de entrada com uma pequena dose de aventura. Ou seja; maneiras e formas de desfrutar do interno de uma casa.
Ficar lá fora só por uma questão de escolha.
Não consigo de forma alguma, decifrar palavras mudas ditas por lábios a distância. Mas sei sussurrar com meus olhos e por ele, sei fazer-me compreendido.
Tenho dificuldade de realizar a vida, se ela não estiver embebida de paixão.
Me torno perdido quando por algum momento, ela se distância.
Não sei o que isso significa, mas caso for um erro, mesmo assim escolho ele, do que o medo.
Esse me paralisa o outro me da sabedoria.
Não sei escrever, mas me arrisco em meus rabiscos.
Não acredito e nem desacredito deles...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sempre busquei.
Se encontrei algo?
Não, mas... Lindas amizades, belos amores e experiências...
Um espirito sempre incomodado com o comodo, com o comodo dentro e fora de mim.
Personagens e mais personagens se passaram nesse teatro e o camarim, ainda está cheio.
Rebeldias com causas e outras sem, desesperos na tentativa de saber os porquês das cousas, tentativas para não ser mais um adormecido.
Medos e mais medos, inseguranças que no fim, me tornam corajoso.
Chegando ao topo do saber que sei, sou levado a verdade do "não sei".
E é ali que esbarro com algo próximo do chamado liberdade... Esbarro apenas.
Sem certos ou errados, apenas experiências, essas que observo apenas como; experiências e nada mais.
Olhar para frente dá medo, olhar para traz causa nostalgia, o que me sobra é o agora.
E nele me encontro sem saber de nada.
São tantas teorias e filosofias que chega a dar uma preguiça.
Sem os títulos, sem os adjetivos, sem as personagens as pessoas são tão bonitas...
Que o simples nunca me largue, pois esses exageros ai fora me dá um cansaço.
Saber que nada sei, me dá alivio, me leva para um canto muito difícil de chegar, acho que algo próximo do que costumam chamar de humildade. Apenas acho, não tenho como dar uma certeza.
E quando estou achando que sei alguma coisa... É muito gostoso ser levado para o canto do "nada sei". Mas mesmo assim minha teimosia, tenta, tenta as vezes desesperadamente, aprender alguma coisa...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ela estava ali, desde do meu nascimento.
Mesmo assim, deixei de vê-la em instantes.
A estrada foi se formando e nela, nos encontramos algumas vezes.
Cheguei a ser ensinado a não olhar para ela. Diziam ser brega, feiA, não estava na moda...
Lá no fundo sentia sua falta e quando seus olhos me piscavam, eu tinha pequenos vislumbres de contentamento.
Chegou o momento de começar a querer procura-la... O que tornou por vezes, uma luta.
Estar com ela é ser julgado.
Disfarcei, escondi, camuflei.
Percebi que ter metas e regras para tê-la, só me deixava mais distante.
Nos momentos em que nos encontrávamos, era tudo tão fácil e obvio.
Mas a receita, sempre mudava.
Quanto mais conceitos, eu acumulava sobre ela, mais distante eu ficava.
E agora a estrada, já tem um pequeno percurso percorrido...
E nela experienciei que em qualquer direção, qualquer caminho, ela está lá.
Hoje, já nos encontramos com mais facilidade e continuidade, ainda não é um relacionamento estável. Mas, como namoramos tão melhor...
Estou definitivamente apaixonado e entregue... Mas não é fácil.
Mesmo envolvido pelo seu beijo, pelo seu toque, pelo seu halito... Eu, sem muito saber o motivo, sem mesmo querer fazer isso, sem desejar nada disso... Por momentos eu me afasto de seu corpo.
Estou aprendendo, estou constantemente aprendendo.
Sem saber de muita coisa, quase nada mesmo. Arrisco em dizer que; por ela me encontro enamorado, por ela me encontro sem chão, por ela me encontro sem direção...
E por ela entrego a minha vida.
E que cada vez mais, eu seja merecedor de sua visita.


Ps. A você dedico essas palavras.
Minha amada, SIMPLICIDADE.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ela: Quem é vc?
Ele: Sou o percurso.
Ela: Percurso?
Ele: Entre um violino e o tambor.
Ela: Vc pode explicar?
Ele: Não. Isso não se explica. Mas, vc pode escutar...
Ela: (...)
Ele: (...)
Ela: Vc me beijou, por quê?
Ele: Isso não se explica...
Ela: Mas...

Ele: Para se ouvir boa musica é preciso ter bons ouvidos.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A visita.

As pálpebras se abracam, os olhos assim se fecham ao convite da escuridão necessária. Estar desperto é vital, mas dormir é uma morte natural.
A luz do dia insinua-se para as ondas do meu cérebro, as comunicações estão trocadas, são línguas de diferentes ordens. Mas é assim mesmo quando se desperta, nas hora de dormir e se torna necessário dormir quando tem que acordar.
O relógio para e depois seus ponteiros dançam ao contrário... Mas o tempo do meu corpo diz que o tic tac não cessou. 
Vamos silhos, fechem suas portas, tranquem as janelas, pois neste momento não quero luz, faz se necessário a noite para o meu descanso, mesmo que a escuridão seja artificial.

A rosa e o cinema.



Ali ela estava no banco deitada.
Eu a caminho.
Sua história não sei.
Não importa.
Eu a caminho.
Ela não é minha, eu não sou dela.
Eu a caminho.
Essa noite não dormirá sozinha.
Eu a caminho.
Sua história não sei...
Sozinha não está mais.
Eu e ela na rua caminha.