domingo, 22 de setembro de 2013

Eu abri a porta e não encontrei-a.
Caminhei até a janela, pensando...
Senti seu perfume ao puxar a cortina.
Fechei os olhos.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Desenhei seu corpo na parede.
A forma que encontrei para vê-la,
todas as manhãs, todas as tardes, todas as noites.
Desenhei em carvão.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Encaixotei nossa respiração,
enrolados em lençóis molhados.
Sereno, levei ao sereno da manhã.
Sentei e meditei.

Abri os olhos.
E tudo era poeira e espera.
Fotografei na película, nossos desejos.
Revelei e desenquadrei nossa vontade.

A imagem era um momento, em preto e branco.

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