quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O conto que conto é da dança de um café com o açúcar.
Enquanto ele caminha pela cozinha, á procura de uma xícara.
Ela senta na cabeceira da cama.
Acorda nadando em pensamentos.
Aqueles que vieram primeiro em barquinhos e depois em navios na madrugada.
Histórias de um roteiro surreal, com noites extravagantes; bebidas, sexo, estupidez.
Neste momento o café beija o fundo do copo, pois a xícara não foi encontrada.
O relógio na parede diz que é manhã.
Uma daquelas manhãs, dos que acordam, dos que chegam ou dos que vão dormir.
Sua mão (a dele) movimenta a colher, o açúcar se devolve, agora estão unidos mesmo com tamanha diferença. Afinal é café e açúcar.
A mente (dela) embarca em uma viagem.
Caminha pela garganta, clima seco de difícil passagem, estaciona no coração, abastece, mesmo com a escassez líquida. Depois sem paradas chega ao estomago, aperto, estrada de pequenas amarguras.
A pele sente - meia volta.
Ele sente na língua, toda boca, escorrega pela garganta e chega direto ao estomago, sem parada de abastecimento. Mas o estomago comunica: Estamos em harmonia, o coração recebe um postal. Cheiro, gosto e sentidos.
A noite foi de dança, apenas dança.
O dia de café, aroma e poesia.
Pensamentos sofridos (talvez), por incertezas...
Mas de manhã bem cedinho, o café doce veio lhe avisar.
A noite é uma dança, apenas uma dança e nada mais.
Ela levanta e vai ao banheiro, liga o chuveiro.
A água leva para o ralo todos os pensamentos estranhos, ela sai do box e se enxuga com uma toalha felpuda, costurada a mão com linha, agulha e lembranças.
Descalça (nunca), mas sim nua, caminha até a cozinha, olha a pia e vê.
Uma xícara.
Ele sobe as escadas com o copo na mão, entra no quarto, fecha as janelas, senta na cabeceira e toma seu ultimo gole, já não tão quente como antes.
Seu ultimo pensamento:
Somos café e açúcar, dançamos e giramos na roda da xícara.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Porque hoje eu saio de turbante.
Porque hoje me dispo para a guerra.
Vou de peito aberto, vou de coração exposto.
Visto minha cabeça, dou roupagem as minhas ideias.
Quero na rua falar com você.
Meu escudo, meus punhos.
Abertos.
Minha arma, minhas palavras - singelas, simples.
Minha defesa, meus ouvidos.
Compartilho, essa é minha guerra.
Hoje, saio na rua de turbante.
Hoje eu queria escrever um poema.
Bonito.
Mas as palavras estão boiando.
Em uma piscina.
Algumas letras submersas.
Outras na superfície.
Nada se lê.
Elas nadam.
No.
Nada.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

menina serelepe.
a vida diz, cresce.
e ela, eu não.
crescer é chato.
quero mais é ser brincante.
dançar, pular e sorrir.
deixo o maduro, para o abacate que como de papinha.
sou minha, apenas minha,
mãe, pai, irmã, sou minha, minha menina, minha criança.
minha aventurança... minha sapiência de saber "Ser". Mulher.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Pela primeira vez, irei recusa-la.
Pela primeira vez, não quero.
Pelas primeira vez, digo não a você.
Quero ficar no silêncio, mesmo sabendo que foi ele próprio que lhe chamou.
Provavelmente você voltará, sempre voltou.
Talvez em outro momento vou lhe querer, como sempre quis.
Talvez em outro momento vou aceita-la, como sempre fiz.
Mas, não agora. Me deixe, não lhe quero.
Volte para o seu canto, seja onde for.
Agora, vou escolher fingir.
Fingir que sou igual.
Não quero confrontos, essa é a razão.
Serei igual por escolha, neste momento.
E por isso lhe rogo, vai embora, por favor.
NÃO QUERO ESCREVER SOBRE A CHUVA QUE ME MOLHA.
Então, por tudo o que vimos, ouvimos e falamos...
Por favor! Minha amiga (palavras), me deixe sozinho.
Não lhe quero agora, nem mesmo com sua roupa de gala.
Aquele seu vestido lindo, chamado: Poesia.
Que em tantos momentos, me deixou apaixonado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

É preciso perder o medo do silêncio, do seu silêncio.
Ele é amigo, como amigo dever ser.
Não passa a mão em nossas ilusões, pelo contrario, deixa-as (com amor) escancaradas. Mas, é só assim que temos a oportunidade dos saltos quânticos.
É o caminho para realmente podermos nos conhecer.
Porque você tem medo de saber quem é?
O mundo está tagarelando demais, gritando demais... E olha só como estamos.
Se esse caminho estivesse dando certo, alguma mudança já teria apontado no horizonte.
O todo somos nós.
Se você sempre tagarelou, se sempre gritou e nada... Porque não tentar algo novo? Não tenha medo do seu silêncio, já disse, ele é seu melhor amigo. Claro! Você não terá essa platéia que cultiva com tanto louvor, mas se for corajoso... Hum! Se for...
O Silêncio é educado, sutil, verdadeiro, honesto, amoroso e sábio, muito sábio.
E uma coisa é fato; quando aprender a cultivar seu silêncio (de verdade). Verás que as poucas palavras que saírem de sua boca, terá uma força e uma presença, que jamais precisará repeti-las duas vezes.
Quem estiver perto, irá parar para ouvi-lo.
Não será uma escolha e sim, uma necessidade.
Agora enquanto gritas, tagarelas, muita energia sendo gastado com nada.
E tem tanta coisa gostosa de se fazer nessa vida, que mereceria essa energia desperdiçada. Não?
Sim. é disso que estou falando, rs.

domingo, 16 de novembro de 2014

Quando o boneco despir-se de suas roupas de madeira.
Peço licença e também ficarei nu.
Deixarei ao chão, minha pele, meus órgãos, meus músculos.
E sairei por ai, descalço sem RG.

sábado, 8 de novembro de 2014

O preto malandro desafiou o vento para um pega.
O vento sábio passou a mão no chapéu do preto.
A corrida foi longa...
Diz a lenda que o preto ainda corre até hoje, pelas estradas dessa vida.
E o vento? 
Ahhh! Esse está sempre na frente... Abrindo os caminhos do preto

sábado, 27 de setembro de 2014

Não carrego nada.
Roupas, utensílios, dividas.
Nem mesmo os meus segredos.
A estrada a qualquer momento pode me chamar.
Quero estar sem malas, sem magoas, sem duvidas.
Sem birra da morte, pois ela faz parte do caminho, ela é uma das porteiras.
Abro a cancela, ou mesmo pulo, salto-a e continuo a minha viagem.
Vou para onde o vento me levar...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Desfaço da minha poesia por um beijo seu.
Entrego todas as minhas cronicas por cada peça de roupa do teu corpo.
Apago todos os meus contos só para ter minha boca molhada pelo seu sexo.
Queimo todos os meus romances, só para estar dentro de você.
Me refaço novamente inteiro a cada gota de saliva e suor.
Não uso mais a palavra para compor meus silêncios.
Não tenho mais livros, deixei minhas histórias, não importa.
Agora me perco em nossa história...

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O homem tem a ilusão de conduzir o mundo.
Mas, ele nem sabe dançar.
É preciso molejo.
É preciso brincar.
É preciso, saber que se é deixado levar.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

- Um pouco de poesia, nessas almas desprovidas de carinho.
- Não, meu amigo. Um pouco de alimento nesses estômagos sem ação. Pois não há poesia que sustente ossos e carne.
Poesia sim aos nosso Reis, esses tão fortes de barrigas e fracos de sentimentos.
O nosso povo já tem rima, contos e proseando leva a vida.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Quero me desenhar de novo.
Uma folha em branco, por favor!
Ou melhor; beije-me a boca
e deixa a folha no jardim.
Posso lhe pedir também uma xícara de café?
Nem doce, nem amargo e com gengibre

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quarto em noite.

Certa vez conversando com a noite, ela disse assim; não espere de mim nenhuma poesia.
Seja você o meu poeta.
Escreva coisas, escreva você sobre mim.
Conte ao mundo sobre nossos encontros, nossas conversas, nossos amores...
Diga a eles que não sou tão assustadora como contam por ai alguns desavisados, mas também diga aos vacilões que não sou santa.
Conte a todos eles como eu me comunico com a lua, com as estrelas e que não tenham medo do breu.
Por favor meu poeta, diga a eles que de mim, ninguém se esconde, sei de tudo e de todos.
Conheço suas mazelas, suas putarias, suas idiotices.
Sei também das lagrimas, das insônias, dos sofrimentos...
Mas também conheço todas as festas e sempre estou presente em todos os “gozos”, os de paixão, os de carne, os de amor.
Faça uma poesia sobre essa que lhe cai e lhe fala... Pode ser em prosa ou conto, tanto faz, até uma crônica, apenas faça.
Em outros tempos falavam-se muito e até melhor, já servi de muita inspiração em alguns séculos atrás.
Hoje estão me vendo com outros olhos, estão perdendo toda sensibilidade... Estão perdendo a poesia.
E por ultimo meu poeta, escreva que sou eterna.
Nunca durmo, quando o sol nasce não vou embora, apenas propago em outros campos.
Somente uma metade, pois a outra fica dentro vocês, sempre estou e estarei com vocês..

- Tentarei minha amiga... Tentarei...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

poesia do papo-reto.



tem uns menino ai, que são abestalhado demais,
te sorri na frente e por trás, faz mar das palavras,
tem uns menino ai, que não é homi não, mesmo tendo idade.
esse não merece nossa amizade.

tem uns menino ai, que quer nosso patuá.
eles quer passa a perna em no nosso lar,
se nois vacila, já tá dentro do barraco
pitando e jogando cinza no sofá.

tem uns menino ai, que não consegue namora,
farta competência, astucia, honradez,
mas pra palavriar com nossa mué,
o safado veste manto de santo.

ta é fartando com respeito,
a gente abre o peito e o pilantra quer nos espeta,
deixa eleee...mau sabe que crocodilo não é lagarto
e que se vacila, tapa na cara vai leva.

não sou da desavença, mas tem caso
que faz nois pensa, quebra a regra,
sem vergonha com barba na cara, tem que apanhar,
mas é de mão aberta, punho fechado só homi grande sabe leva.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Que pena amor, que pena!
A vida as vezes é assim, faz desentendimento virar ocasião.
Mas aqui bate o tambor no peito, dizendo que sobro o machado de Xangô.
São João Batista sabe disso. 
Na verdade o que vale a pena nessa vida é o calor.
Aquele fazendo beijo e abraço derreter como vela , feita pra santo.
Hoje não dormimos, mas o amanhã é azul feito Yemanjá, nem preciso dizer o que podemos esperar.
Sou pé no chão voando.
Nossa estrada não é reta, é feita de morros e descidas, Isso traz alegria e tristezas.
Mas vou dizer; que "bela poesia". Não volto atras, assim é, e assim é pra ser, essa é a nossa história para viver.
A cabocla me disse, ela me disse: foi Jurema que consagrou o nosso amor.
Ai, ai, ai desapareceu... O que foi ontem, não será hoje, o que foi hoje, não será amanhã.
Eu vi uma moça e ela vinha caminhando, tinha saia rodada. Balançava suas ancas e me chamava.
Eu vi a moça, ela era morena e dançava como Oxum.
Ela é das águas, das águas ela é, isso diz muito sobre essa morena.
Sentei na guia e não chorei, pois eu sabia; é quase tudo ou quase nada.
Que pena amor, que pena, uma noite perdida. Não!!! Apenas uma noite corrida, hoje não cantamos. Mas quanta batucada vejo no arrebol.
A cabocla já me disse; nós vamos é sambar.
Morena! Nós vamos é sambar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Há momentos que se faz necessário fechar-se.
A "tal"escuridão não é algo assim, como contam, ela tem a sua necessidade poética.
Sem ela, eu não sentiria essa vontade de abrir as janelas...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Paixão Analógica




Sabe o que acontece, quando você tem aquela sensação com um beijo maravilhoso?
Sabe quando dois corpos se unem e tem momentos inexplicáveis? 
Sabe quando na vida, passamos por experiências e as denominamos com o nome; Amor?
Todas essas situações coincidem em uma palavra; QUÍMICA.
Pronto!  Lhe defino o porque desenhar a luz com o filme é tão: memorável, poético e digo, até sensorial. Porque a película tem QUÍMICA.
A luz beija e faz amor com as emulsões do filme, quando o diafragma abre-se.
E depois, após banhos químicos, nasce algo que ao ver de nossos olhos, gera em nosso corpo uma explosão QUÍMICA, que inutilmente na busca de palavras bonitas tentamos defini-la.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Tem manhãs que acordo prisioneiro.
Das sensações de uma noite vizinha.
Seu cheiro entre meus dedos,
teu gosto na minha boca.
Seu cabelo enrolado em meu peito e seu gozo,
em meu corpo.

sábado, 7 de junho de 2014

Menina, diz pra mim
que a nossa dança
ainda não termina.

Que tudo não passou
de um passo,
daqueles desequilibrantes.

Diz pra aquela noite
que a verdade 
ficou nas cobertas.

Não foi dita, ficou tímida
amarrada dentro dos lençóis,
olhares e silêncio.

Menina, há tempos
lhe espero
e em tempos me perturbo. 

Justo no tempo
me perdi e com ele eu
caí.

Perdoe-me, menina
pela minha queda
que a ti causou feridas.

Mesmo que assim pequeno,
diga-me, aos meus ouvidos
— A nossa dança ainda não termina. 

domingo, 1 de junho de 2014

Escrevo por não ter uma boa digestão das palavras que como. Eu costumo ter uma bulimia de contextos e frases.

pensamentos de uma manhã ao primeiro gole do café.


aqui não tem silêncio.
tem é barulho e musica também
silêncio é o Himalaya
lá distante, ao longe, frio
aqui sou eu, perto, quente
mas também barulhento, incomodo
o Himalaya não
ele é rocha, eu pele, carne e pulso
ele é feito de minerais e eu de perguntas
ele lhe oferece o silêncio
e eu não dou respostas, sou duvidas
ele estático, eu me movimento.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Se um dia eu passar pelo passado, vou estudar bem fundo todas as escolhas perdidas, afinal as achadas já estou letrado e mestrado. 
Cavocar os buracos sem busca, esmirrar aquelas vontades esquecidas.
Ficar sentadinho por alguns momentos, observando quando achei estar falando de rosas.
E ai, depois pego uma carona rapidinho para ir lá na frente, só para ver o resultado da pesquisa.
E enquanto o ônibus para o presente não chega, vou rodar por ai, conhecer alguns bares, amores perdidos, desencontros, possibilidades inexistentes...
Chegando em casa, vou deitar na rede esperar a visita da amiga tarde, não pensarei em nada.
Depois, devagarzinho deixo Cartola me tocar a alma (que jamais foi vazia, nem lá, nem cá e nem acolá), " A sorrir / Eu pretendo levar a vida / Pois chorando / Eu vi a mocidade / Perdida..."
Naquela noite de calçadas cinzas, a pequena sentou, fitou a rua e a lua.
Lembrou das flores e da formiga no jardim. 
Lembrou que não sabia dizer meias-verdades, muitos menos verdades inteiras
Para isso, seria preciso conhecer a mentira...
Mas seria um erro, pois também lembrou que na sua vida, essa palavra não existia...
Depois de um tempo levantou-se, bateu com a mão no vestido, olhou a poça e reparou que a lua dormia. Era só isso que a pequena sabia.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Conto um sonho

Éramos quatro amigos andando e conversando.
Foi quando o nego atravessou o meu caminho e me chamou de jeito peculiar.
Foi quase uma benção, mas estava mais para um toque. Ele sabia que eu iria revidar.
Nego, mandingueiro, me conhecia.
E assim foi, dei a resposta; uma meia lua de compasso.
Ele riu com aqueles dentes brancos como o seu chapeuzinho na cabeça.
Esse nego todo vestido de preto, apenas os dentes, chapéu e sapatos brancos.
Sorrindo me chamou para a vadiagem e todos os outros brancos ao redor, não entendiam.
A briga daquele moleque com o preto-velho.
Eles brigavam sorrindo, eles brigavam brincando...
Pois não era briga não gente, era o jeito daquele nego/sábio, passar o recado ao moleque.
E assim se sucedeu; na base das pernadas.
Foi rabo de arraia pra cá, esquiva pra lá  e cabeçada acolá.
Aquele nego era Mestre, era preto-velho, era mandingueiro que sabia samba.
E daquela forma, na roda veio me salvar.
Foi logo à frente, onde meus amigos continuavam a andar, pois não pararam para ver eu e o nego jogar.
Foi lá na frente que escutei o grito. Parei de brincar.
Eram só alguns metros, muito sangue derramado no asfalto, três corpos ao chão.
Dois mortos e um com a perna arrancada, coisa feia pra mostrar.
Foi um fio de aço arrebentado que acabou com a vida, passou mais rápido que uma queixada.
Eu era para estar ali no chão, mas o nego na capoeira fez eu cessar.
O nego faceiro me parou. O mandingueiro me salvou.
Era um preto-velho, vestido de negro, chapéu e sorriso branco.
Cadê ele, cadê esse nego? 
Não sei, sumiu da mesma forma que entrou; sorrindo.
Foi tudo um sonho, mas no sonho fiquei vivo.
Na minha memória ficou gravado seu rosto faceiro.
Reconheço-o, já o vi na vida.
Uma vez, lá na parede da Bahia, seu retrato em preto e branco.
Era antepassado dos Mestres de hoje em dia.

Axé nego velho, tu me salvaste com a roda da vida.
Pena que a poesia não salva tudo, na verdade ela não salva nada.
Poesia são sonhos em letras, feita por sonhadores. 
E esses voam, as nuvens são suas casas, mas quando pisam no chão tomam flechadas e as flechas machucam, fazem cicatrizes e doem.
Quero ver você dar o pão a fome.
Quero ver você dar a cura a doença.
Quero ver você dar o perdão ao arrependido.
Quero ver você salvar a vitima do assassino.
Quero ver você me livrar da amizade perdida...
Não poesia, você não pode nada disso, aqui é terra, é chão e as leis são outras.
É ferro, brasa, ação e fato, sem espaço e abertura para fracassos.
O julgamento está pronto e a sentença não brinca.
Com a realidade da vida você não comunica.
Desculpe minha amiga "Poesia" aqui me despeço...
Pois a fé em tu, ficou despida.

sábado, 17 de maio de 2014

Eu não consigo escrever em papeis bonitinhos.
Minha poesia vem dos guardanapos, das folhas rasgadas,
dos lenços chorados.
Vem de papelão usado.


... Estou aqui, tentando pescar as palavras perdidas.
Nessa selva, chamado vida.

quarta-feira, 19 de março de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Serei no meu estado febril a ausência de nossas noites perdidas.
Prometo lhe buscar aquele grito escondido de orgasmos reprimidos.
Serei um colo, serei uma bussola, serei lençóis molhados.
E nada me peça de certezas, pois serei as belas e vividas não respostas.
Serei o que for para ser de presente no presente, mas jamais ausente. 
Serei saudades de 30 minutos... Só não poderei ser o que ainda não conheço, como ser.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Em mim desço as escadas, a duvida constrói meus degraus,
quando penso que subo, tempo depois percebo a realidade...
Não sou acariciado pela segurança, sou apadrinhado por incertezas. 
Em alguns dias, nem o hoje eu sei.
Um sinal seria bom...
Um bom sinal.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Quero aquela chuva da manhã, que deixa meus olhos marejados.
Aquele sol de tarde, que beija a minha pele e a deixa morna.
Quero aquela lua quando chegar a noite, e bebe-la como um vinho.

Quero aquele fio enrolado no meu peito.
Aquela nuca encostada nos meus lábios.
Quero aquela pele saída do banho, abraçando as minhas mãos.

Quero os momentos desconexos, que tempera os pensamentos em confusão.
Aquele olhar que adoça e tranquiliza.
Quero silêncios que comunicam e palavras que me deixam mudo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Nunca mais, choveu!

a cada poema uma distância
a cada poema tudo distante
lembranças de um instante a cada poema
e foi como poesia que a chuva caiu e você ficou
e como poesia o Sol se abriu e você partiu

domingo, 9 de fevereiro de 2014


Sabe menina, aquela lua que caminha?
Ela é uma brisa, trazendo o nosso destino.
Aquele sonho que tu tevê, não era mentira.
Somos rebeldes, mudamos a história de nossas vidas.
A descoberta vem a cada passo vendado, não tenha medo, estamos de mãos dadas.
Não tenha medo, estou ao seu lado.
Sabe menina, aquela lua que caminha?
Vem dizer que o "pra sempre" é o dia vivido.
E que o futuro são histórias de outras luas.
Lágrimas do passado não retornam ao presente.
O amor é o Sol que as secam e as tornam, folhas secas de inverno, que servem apenas de adubo ao novo terreno.
Essa lua caminha e ilumina, mas não todo o percurso. Passos no escuro são necessários.
Promessas são coisas dos homens e a lua não compartilha.
Ela é parceira da vida, que não define nada, apenas experiência.

Sabe menina, a lua caminha e confia.  

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Naquela ilha mora o meu amor.
Todas as noites nos sonhos, estou lá.
Um dia, um dia irei acordar
e nadarei, para não ter que sonhar.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

As mulheres que não mostram suas barrigas.



... Uma flor as mulheres que não mostram suas barrigas.
Nada contra a quem mostre, não é repressão... Apenas uma declaração bem pessoal.
Mulheres que não mostram suas barrigas, tem uma elegância impar.
Elas mostram, assim disfarçadamente sem querer a sua nuca, ao passar a mão levemente em seus cabelos. Elas mostram assim sem querer o seu lindo colo, que todas tem, não existe mulher de colo feio. Impossível.
Mulheres que não mostram a barriga, tem uma personalidade natural. Elas tem uma atitude impar.
Mulheres que não mostram a barriga tem um olhar único e o sorriso então? Ah! Combinação perfeita; mulheres que não mostram a barriga e que estão, sinceramente sorrindo.
A exibição exagerada de hoje, tornou-se tão vulgar, que me pego há achar uma barriga, a coisa mais lindamente sexy, subversiva, atraente...
Uma flor a mulher que não mostra sua barriga, e que me doe seu olhar e me abraçe com seu sorriso.
Uma a flor a mulher que deixa ao homem que mereça; tocar, beijar e olhar sua barriga.

Ps. Nenhuma mulher tem um colo, uma nuca ou barriga feia. Naturalmente, IMPOSSÍVEL.