quinta-feira, 9 de junho de 2016

Palavras não dizem nada.
Mesmo querendo falar, mesmo acreditando ser.
São Con  - Fundidas.
Causando todo sentido de frustações, onde vazio seria cheio e cheio seria vazio.
São  exemplos desnecessários de sua presença.
Onde as ações não passam de concreto posto em prática, não salvam-se.
Mas, conceitos nascem da mente que criam palavras e que geram ações para simplesmente justificarem sua existência.
 Copulam e multiplicam-se.
E desse relacionamento sexual nasce um jorro de expectativas.
E o que fazer então?
NADA.
Ou, conceito por conceito, escolha o brincar.
Tudo não passa de um brincar.
Pensar é conceito, emoção é conceito.
É o nada ou brincar. (Brincar do nada)
Mas, não se engane.
Aqui são palavras, lidas e interpretadas pela mente, meticulosamente querendo agarrar-se em algo.
Algo este que está sempre “fora”.




segunda-feira, 30 de maio de 2016


Não era princesa e nem cinderela. Era Samara. Perdeu seu sapatinho na calçada. Não era de cristal, era de plástico ganhado da tia amada. Não foi no baile, foi saindo do trabalho. Spray de pimenta na cara.         a.a.
Amor de rodoviária, não tem fruta mordida. Tem é sabor de café curto coado na esperança. Pão de queijo recheado de saudades. A espera do beijo cinematográfico. É corpo dolorido de noitr mal dormida na ansiedade de encurtar o tempo esperado. E parar  os ponteiros na hora do abraço  (...)   a.a
Um dia desses andando de moto, bateu uma brisa no capacete e me deixou um poema.
Pensei: Não posso esquece-lo.
Repeti (ele) 3x em voz alta.
Chegando em casa; papel e caneta.
Atravessando o cruzamento, a sacana de uma cidadã não respeitou o sinal vermelho. Além de infringir a lei a mau educada de uma "brisa" me leva o poema.
Chegando em casa; papel, caneta e nada.
Já não lembro mais.

Ps. Brisas parecem seres humanos, iguais na forma e diferentes no conteúdo.

a.a

sábado, 14 de maio de 2016

Olhei para fora - lutei
Olhei para dentro - apaziguei
A mente não entende
Fiquei na porta - presente
Enquanto ela; ziguezagueando
Entre as janelas
Passado - Futuro
O eu aqui - na porta
Presente observa.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Talvez...

Talvez chegasse o tempo de apagar á fotografia do porta-retratos.
Aquela em cima do criado mudo, que é a chave de abrir o baú das lembranças.
Entre tantas é ela – aquela fotografia.
Passaria até despercebida pelos amantes mais afoitos, mas não por minha memoria que tem olhar de cachorro em caça.
Talvez chegasse o tempo de deixar as memorias flutuarem no vácuo.
Não de finais e nem de recomeços, apenas memorias.
Ela já é autodestrutiva – a fotografia.
É longo, muito longo o seu tempo, não evoluiu. Teima em ser anarquista retrógada, não acompanha o nosso ritmo “urgente”.
Talvez...
Talvez chegasse o tempo de apagar á fotografia.
Aquela que em palavras mudas e silêncios ditos, conta que foi feliz um dia.
Ela não é realista, até porque realismo é chato.
Ela navega por marés simbólicas, poéticas, às vezes indecifráveis.
Mas uma coisa que ela não é – é ser inventiva.
Veste roupa; sua composição, porém apresenta-se nua.
Nua de corpo.
Nua de julgamento.
Nua de alma.
Nua de todos.
Ela foi o que foi.
Nós fomos o que somos.
Talvez chegasse o tempo de apagar á história de uma fotografia.
Talvez...

Ou, talvez escrever mais uma poesia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

02:00 AM.



A noite tem desses mistérios que me cativa.
Com seu jogo de sombras, luzes e aquele silêncio que ao mesmo tempo é meditativo e sombrio.
Sou conduzido para aquela paz de cidadezinha de interior e assim vou flertando com ela, de chinelos. Dando passos no meio da rua.
Tipo criança, moleque pulando muro de escola, libertando-se.
02:15  - Já estou no boteco/restaurante do meu bairro, sim ele é “desses” 24h, coisas de uma cidade maravilhosa.
Esses lugares belos que todos comungam da noite, como eu.
Transeuntes, prostitutas, pagodeiros, roqueiros, atores, tatuadores, músicos, garçons, seguranças, enfermeiros e por ai vai... Um lugar rico de gente.
Uma long neck e um sanduíche de queijo quente, misturado com as ideias que escrevo no papel/mat da mesa.

É como sempre digo: 
Gosto muito do dia, mas...

                                                “a noite dança bem melhor”.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Homens estão tomados por não amor.
Homens estão embaraçados de compaixão.
Homens estão bebendo poder e arrotando inconsciências.
Homens estão acordando.
Homens estão mijando inconstâncias violentas.
Todos estão em seu caminho de evolução.
Homens, mulheres, seres humanos conscientes ou não, estão caminhando.
Uns andam cegos, mas guiados com o olhar da alma, outros com os olhos do ego.
Outros apenas caminham e alguns nem andam, flutuam...
Caminhos.
Todos tem o seu e o direito de  trilhar da sua forma.
Fazer o seu caminho com o olhar e a língua no do outro?
Volte 10 casas.
É necessário é providencial.

ELA



                                 Aperta meu


                                  NARIZ


                                 quando me beija


                                                                     ELA


                  Realmente sabe me deixar sem ar.
Sou rio quando tenho alegrias.

Sorrio quando tenho tristezas.

Nasci com essa estranheza

de lágrimas ao contrário.
A

      CORRENTE


              ZA

       


BEIJOU    -    ME

                                                roubado foi.
                                                quase fui.
                                                quase foi.



                VOLTEI. . .







                 abraça-me                           
FOI

     O

         S
            O
                L

                    C
                         A
                              N
                                  T
                                     A
                                         R

UMA                     NOTA                           SÓ


Senti


         Mente


                           Con - Fusão


Amêndoas e Lontras


              o


       Cor  -  Ação.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A OMELETE NO BOTECO (ou treinamento ninjutsu de boteco).

Descrevo aqui algumas das personagens desse causo: Duas cervejas. Long neck. Um certo número de palavras que me perco agora em defini-las, mas que se dividem em poemas e crônicas. Uma omelete (de legumes), acompanhada de uma saladinha. Um amigo, Quintaninha! Vulgo: Mario Quintana. E, a partir daqui, o causo desenvolve-se.  
Um flerte. Uma garota na mesa à frente, não exatamente a próxima, mas umas três mesas à frente em diagonal. Percebo que ela está me olhando, bebe também uma cerveja de marca diferente da minha. Entre um gole e outro, me olha. Eu entre algumas palavras lidas e outras, olho também. Parece-me que ela gostou do que vê, a julgar pela forma de olhar e pela capacidade de não parar de olhar (cada olhar um gole). Talvez, a imagem pudesse ser um pouco estranha para ela. Em uma noite de um sábado carnavalesco qualquer, um rapaz de calças de moletom “saruel,” chinelos tipo havaianas, tipo, não, havaianas mesmo; sentado sozinho em uma mesa de bar (quase boteco), tomando sua cerveja, óculos, uma echarpe no pescoço (estilo, talvez?!). E lendo um livro. “LENDO UM LIVRO!” Oh! My God! Não teria que ser um smartphone com a senha wifi do estabelecimento? Ai, se ela soubesse que era de poesia, nem sei o que poderia pensar...
E esse flerte de goles e olhares seguiu-se até o momento de um rapaz entrar vindo da rua, beijá-la a testa, e depois na boca (selinho). Ela diminuiu a intensidade nos olhares, claro. Mas, antes fez um gesto bem sutil que confesso não ter compreendido nada e como não compreendi nem sei se conseguiria descrevê-lo. Enfim, continuei a fazer o que já estava fazendo; conversar com meu amigo Quintana, entre um gole e outro. Até porque já tinha devorado a omelete (sozinho).
A garota, quando podia (com menos frequência agora), tomava um gole e levava seus olhos para minha mesa. Minutos depois paguei a conta para voltar logo ao meu quintal, onde minha espreguiçadeira me esperava com certa saudade. Sobre o “possível” namorado? Bom! Quem mandou ser fumante?
Tem uma parte nesse “causo” que talvez, deveria estar inserida algumas frases antes, mas... Existiu um espaço-tempo entre esse pagar a conta e ir embora, pois a fila do caixa estava grande. Foi o tempo para mais quatro poesias, três crônicas e “dois” flertes, mais ou menos. Foi o tempo dela ir ao banheiro, voltar, passar pelo caixa e deixar cair um guardanapo no chão ao lado dos meus pés com havaianas. Foi o tempo também, do rapaz fumar mais um cigarro. Caro e cara leitora devem estar imaginando o que teria neste guardanapo suicida. Bom, minha amiga e amigo, ficamos na mesma situação de curiosidade não correspondida. Pois, no mesmo instante em que o tal guardanapo beijava aquele chão de boteco, minha atenção era obrigatoriamente solicitada pelo Caixa solicitando a senha. E entre a indecisão de colocar tais números e abaixar para o resgate do artefato, o garçom esse “ser” com treinamentos de ninja, foi muito mais ágil e eficiente do que eu e o papel misterioso.

- Senhor, por favor, a senha do cartão.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Por essas manhãs...

Se pela manhã quando acordo e você está dormindo.
 Eu sonho.

Se pela manhã quando você acorda e eu te olho.
 Eu sonho.

Se pela manhã quando você se espreguiça por toda cama.
Eu sonho.

Se pela manhã quando você levanta com seu caminhar lento e preguiçoso, até o banheiro.
 Eu sonho.

Se pela manhã lhe observo sentada, tomando uma xícara de café.
 Eu sonho.

Eu sonho.

Eu sonho em estar sempre acordado.
Para nunca, você ser apenas um Sonho.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Crucificado




Desejou ser apenas instinto.
A mente o julgou.
Crucificou o desejo.
Mas todo gozo é liquido e escorre como água.
Não se prende em amarras.
Mesmo calado, escondido...
Seu grito será sempre livre.
Não há discurso e nem protestos.
Apenas um corpo exposto.
Carne, pele e liquido.

domingo, 10 de janeiro de 2016

diário de uma noite em gotas


chove lá fora.
aqui dentro; uma musica ao longe...
corpo nu, gosto de café nos lábios.
sinto um sentir, de não precisar sentir.
apenas a luz do abajur.
tenho olhos sensíveis, só saio na rua de óculos escuros.
gosto do dia, mas a noite dança muito melhor.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

2016

caia em mim
quero lhe penetrar inteiro
deita em mim, vou lhe beber...
não seja tímido, pois vou lhe comer
regado e temperado de vinho e poesia.