sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quarto em noite.

Certa vez conversando com a noite, ela disse assim; não espere de mim nenhuma poesia.
Seja você o meu poeta.
Escreva coisas, escreva você sobre mim.
Conte ao mundo sobre nossos encontros, nossas conversas, nossos amores...
Diga a eles que não sou tão assustadora como contam por ai alguns desavisados, mas também diga aos vacilões que não sou santa.
Conte a todos eles como eu me comunico com a lua, com as estrelas e que não tenham medo do breu.
Por favor meu poeta, diga a eles que de mim, ninguém se esconde, sei de tudo e de todos.
Conheço suas mazelas, suas putarias, suas idiotices.
Sei também das lagrimas, das insônias, dos sofrimentos...
Mas também conheço todas as festas e sempre estou presente em todos os “gozos”, os de paixão, os de carne, os de amor.
Faça uma poesia sobre essa que lhe cai e lhe fala... Pode ser em prosa ou conto, tanto faz, até uma crônica, apenas faça.
Em outros tempos falavam-se muito e até melhor, já servi de muita inspiração em alguns séculos atrás.
Hoje estão me vendo com outros olhos, estão perdendo toda sensibilidade... Estão perdendo a poesia.
E por ultimo meu poeta, escreva que sou eterna.
Nunca durmo, quando o sol nasce não vou embora, apenas propago em outros campos.
Somente uma metade, pois a outra fica dentro vocês, sempre estou e estarei com vocês..

- Tentarei minha amiga... Tentarei...

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