domingo, 22 de setembro de 2013

Eu abri a porta e não encontrei-a.
Caminhei até a janela, pensando...
Senti seu perfume ao puxar a cortina.
Fechei os olhos.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Desenhei seu corpo na parede.
A forma que encontrei para vê-la,
todas as manhãs, todas as tardes, todas as noites.
Desenhei em carvão.

As imagens eram em preto e branco.
Momentos assim são encontros.
E se fazem poucos em uma vida.

Encaixotei nossa respiração,
enrolados em lençóis molhados.
Sereno, levei ao sereno da manhã.
Sentei e meditei.

Abri os olhos.
E tudo era poeira e espera.
Fotografei na película, nossos desejos.
Revelei e desenquadrei nossa vontade.

A imagem era um momento, em preto e branco.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NADA COM NADA.


...a noite tinha sabor de frio cínico. Enquanto caminhava sua esperança tomava aqueles chás para emagrecer, então não poderia esperar muita proteína de suas idéias.
As pernas em uma direção e as vontades em outra, dispersavam como multidão em protesto...
Já sabia que tudo era hipocrisia, já sabia que tudo era discurso, já sabia que tudo era filosofia.
Nesse resto de hoje nem dendê nem vatapá para alegrar sua discórdia.
Parou na esquina para a rebeldia beber o ultimo gole e comer uma daquelas sobremesas, feita de pão molhado ao leite (aguado).
Não resta nada, nem o perdido, esse já foi embora quando a coragem se socializou, acho que isso foi ontem...
Nada foi nada... Nada é nada.
Nada com nada.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A bela dorme.
Ela é pequena.
A pequena sonha.
Sonha que pinta.
Pintando dança.
Dançando canta.
A pequena encanta.

Ela é atriz.

domingo, 1 de setembro de 2013

fui ali na saudade, buscar um beijo amado...
ser a gota que molha os lábios de Namibe.


ao passo que ando, paro e penso; pensando
que paro, andando no que penso.