sexta-feira, 27 de janeiro de 2012



Quando acordo faço do dia um arco.
Me envergo em seu peito.
Sou esse espaço que vacila.
Entre a flecha e o alvo.
No final da tarde sacudo a poeira do cansaço.
E guardo em uma sacola bonita.

Deixo-a atrás da porta, para quem sabe um dia...
Voltar hibernar na história ali, esquecida.

Mas de noite, bem de noitinha, lá nos meus sonhos.
Volta a ser aquele que na sacola amarra as fitinhas.
E deixo nelas, nas histórias, uma cor bem definida.


foto: André Auke

4 comentários:

Anônimo disse...

Este último poema teve um quê de contato-improvisação, não é? Rsrsrs! Grande abraço, Dé!
Leandro

A VIDA É UM ETERNO APRENDIZADO disse...

Olá!
É um grande prazer conhecer seu blog e poder ler o que escreves.
Acredito que quando escrevemos com prazer conquistamos amigos e fiéis amantes das palavras. Sabemos o quanto é difícil levar a nossa voz, as nossas angustias os nossos sonhos às pessoas. Mas o mais importante é saber que você e eu gostamos daquilo que fazemos.E acreditamos que o mundo pode se tornar bem melhor através de nossos escritos.
Grande abraço
Se cuida

Anônimo disse...

Oi, André.

Acompanho seu blog há uns três anos, ou mais... e continua incrível. Parabéns.

Beijo,
Raquel

Gabi disse...

que delícia!