domingo, 27 de setembro de 2009


Vivemos nos dois de lembranças
O medo do presente nos deixa sem fôlego
O querer é um ator tomado, inconsciente, mas libertador e vivo em sua entrega.
Pela escrita vou onde meu coração quer e o corpo suplica, ela me liberta da covardia que carrego na mente.
Suprimo meus desejos em folha branca com tintas vermelhas.
Transpiro, pois minha transpiração são letras soltas que escrevo no corpo. O resultado é um conto bem tocado.
Palavras que agora tem o doce gosto do suspiro e o amargo da espera cintilam reações ao qual não controlo, o que me resta é a prece.
Minha reza tem cheiro, gosto, saliva.
Ela prega um celibato ao inverso.
Somos pastores de uma anti-religião ao qual a esse mundo não pertence.
Ela acredita na matéria, na matéria de nossos corpos e na música que surge, quando a reza é completa.
Uni-vos esse é o único provérbio.
Não existe busca, existe entrega.
Vejo pontos de reticências à espera de uma nova linha.
Por isso o corpo que é folha, tem que querer ser escrito.


foto:http://br.olhares.com/uma_sede_de_ti_que_nao_se_acalma_foto1066245.html

4 comentários:

JAIRO PEREIRA disse...

"Minha reza tem cheiro, gosto, saliva."

Bonito de se ver!

Compartilho.

Anônimo disse...

Oi, passei so pra dizer que eu vi o video da musica, beeeeem legal! E que os textos da menina estao cada vez mais elaborados! Adprei os ultimos. Bjs proceis V

Lunna disse...

Carissimo, suas frases estão cada vez mais intensas e o sentir que a gente se permite por entre esses versos estão cada vez mais intensos. E já estou a esperar pelo novo. Beijos

Gabi disse...

Minha mente está bem covarde nos últimos tempos, as palavras fogem e não escrevo mais, me preocupo com burocracias do dia-a-dia...Preciso me libertar! Estou voltando! rs