Quando acordo faço do dia um arco.
Me envergo em seu peito.
Sou esse espaço que vacila.
Entre a flecha e o alvo.
No final da tarde sacudo a poeira do cansaço.
E guardo em uma sacola bonita.
Deixo-a atrás da porta, para quem sabe um dia...
Voltar hibernar na história ali, esquecida.
Mas de noite, bem de noitinha, lá nos meus sonhos.
Volta a ser aquele que na sacola amarra as fitinhas.
E deixo nelas, nas histórias, uma cor bem definida.
foto: André Auke
4 comentários:
Este último poema teve um quê de contato-improvisação, não é? Rsrsrs! Grande abraço, Dé!
Leandro
Olá!
É um grande prazer conhecer seu blog e poder ler o que escreves.
Acredito que quando escrevemos com prazer conquistamos amigos e fiéis amantes das palavras. Sabemos o quanto é difícil levar a nossa voz, as nossas angustias os nossos sonhos às pessoas. Mas o mais importante é saber que você e eu gostamos daquilo que fazemos.E acreditamos que o mundo pode se tornar bem melhor através de nossos escritos.
Grande abraço
Se cuida
Oi, André.
Acompanho seu blog há uns três anos, ou mais... e continua incrível. Parabéns.
Beijo,
Raquel
que delícia!
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