Fiz do meu corpo a sua morada
E assim fiz porque queria
Tinha essa necessidade absoluta
De loucura não explícita
Eu me tornei seu amante por necessidade
Não foi uma escolha e sim por pura heresia
Era algo como um viciado em heroína:
Após a primeira picada uma órbita se abria
Não me pergunte se voltaria
Não cabe a mim responder coisas que não me instigam
Sou viciado por opção e escravo por destino
Após esse momento serei julgado novamente
Mas a leis normais ou divinas não me excitam
Tenho sempre minha companheira, fiel, abusiva e defensiva:
A MINHA INSANIDADE.
Foi ela que te levou pra cama nas noites de Cabiria.
Foto: André Auke.
Modelo: Jéssica Fogaça.
7 comentários:
A entrega é o vicio mais gostoso que existe... ;)
Hummmmmmmm...
Lindo!
quase dá pra sentir o gosto da entrega...
Conheço bem essa tal "INSANIDADE", sempre uso ela como alibi dos meus atos contra a minha humanidade, ai nem perco tempo me jugando...gosto muito dos seus texto, sentimentos claros no papel meu reflexo enfim eu gosto do que escreve.
André, dias atrás assisti novamente "noites de Cabiria". Realmente é bom ir para cama com ela...
Delícia mesmo ler seus textos. Você faz parte do pequeno grupo de escritores homens contemporâneos que não usa a palavra como escudo.
Parabéns!
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