Ele estava sentado na mesma cadeira, na mesma padaria de sempre, a mesa localizada ao lado de uma parede com aquelas pinturas que querem ser modernas.
O pedido de sempre; uma xícara de café preto.
Entre um gole e outro um pequeno silêncio estacionava na sua mente.
No Ipod ondas sonoras que seu ouvido decodificava como Jethro Tull, faziam pular do silêncio presente para um passado cheio de lembranças, onde a própria musica tinha gosto, cheiro, sentimentos, uma viagem de nostalgia sensorial. Mas um gole de café, agora momentos sem pensamentos alternavam com uma percepção interna de seu corpo. Alguns órgãos uma leve vibração, mas o interno estava mais identificado com um extremo vácuo, uma imensidão sem fronteiras, outro universo talvez.
Passado algum tempo, minutos, talvez segundos, tudo muda.
Seu olhar agora está fora; as pessoas, seus movimentos. Ele olha e não há julgamento, mas só uma curiosidade infantil. Era até engraçado ver todo aquele balé mecanizado, movimentos talvez combinados, talvez instintivos, pré-programados, como os meus e como os seus.
De repente um olhar e outro cruzam com o seu, migalhas de uma conexão mais direta, mas tudo passagem.
Quantas relações, quantas vidas, quantos corações.
Ele não estava esperando nada, ninguém, estava ali à vontade consigo.
Observando qualquer coisa que acontecia, tomando notas às vezes, brincando de escritor.
Alguns desejos e vontades pairavam como nuvens lentas que horas eram interrompidas pelo tal vácuo, que trazia certa tranqüilidade, comparada àquelas que procedem no mar, após uma forte tormenta.
Mais um olhar, conexões.
Quantos olhares uma imagem sem movimento pode atrair em um curto tempo de espaço?
E a flauta melódica e selvagem do Jethro Tull faz o pano de fundo da cena.
Ele escreve, anota, risca aqui, concerta ali e mais um olhar o cruza, mas uma passagem, mas um passageiro.
O café acaba, ele levanta, paga a conta, olha e segue adiante, um próximo momento o espera.
Talvez um blues, talvez uma bossa nova, talvez...
O pedido de sempre; uma xícara de café preto.
Entre um gole e outro um pequeno silêncio estacionava na sua mente.
No Ipod ondas sonoras que seu ouvido decodificava como Jethro Tull, faziam pular do silêncio presente para um passado cheio de lembranças, onde a própria musica tinha gosto, cheiro, sentimentos, uma viagem de nostalgia sensorial. Mas um gole de café, agora momentos sem pensamentos alternavam com uma percepção interna de seu corpo. Alguns órgãos uma leve vibração, mas o interno estava mais identificado com um extremo vácuo, uma imensidão sem fronteiras, outro universo talvez.
Passado algum tempo, minutos, talvez segundos, tudo muda.
Seu olhar agora está fora; as pessoas, seus movimentos. Ele olha e não há julgamento, mas só uma curiosidade infantil. Era até engraçado ver todo aquele balé mecanizado, movimentos talvez combinados, talvez instintivos, pré-programados, como os meus e como os seus.
De repente um olhar e outro cruzam com o seu, migalhas de uma conexão mais direta, mas tudo passagem.
Quantas relações, quantas vidas, quantos corações.
Ele não estava esperando nada, ninguém, estava ali à vontade consigo.
Observando qualquer coisa que acontecia, tomando notas às vezes, brincando de escritor.
Alguns desejos e vontades pairavam como nuvens lentas que horas eram interrompidas pelo tal vácuo, que trazia certa tranqüilidade, comparada àquelas que procedem no mar, após uma forte tormenta.
Mais um olhar, conexões.
Quantos olhares uma imagem sem movimento pode atrair em um curto tempo de espaço?
E a flauta melódica e selvagem do Jethro Tull faz o pano de fundo da cena.
Ele escreve, anota, risca aqui, concerta ali e mais um olhar o cruza, mas uma passagem, mas um passageiro.
O café acaba, ele levanta, paga a conta, olha e segue adiante, um próximo momento o espera.
Talvez um blues, talvez uma bossa nova, talvez...
foto:http://br.olhares.com/caderno_de_viagem___um_cafe_em_praga_foto571002.html
6 comentários:
A musica e seus efeitos ultra-sensoriais...rs
Gosto assim! Mandando ver!!!!
Escreva mais caraio...
Uma vez por mês é pouco!
rsrsrsrs
Saudade maluco!
Ainda estou bolando algo pra tramparmos juntos...
E ja estou com umas idéias bem loucas...
Desta vez tem que ir!
continue escrevendo!
Senti tanto "de você" nesse pequeno escrito.
Formidável como é sútil com as palavras e elas se casam tão bem...
Muito grata por uma bela leitura.
E como gosta dos meus comentários, eu não podia não vir, não é mesmo?
Um beijo carinhoso.
A vida vista através de olhos poéticos é muito mais bonita.
Beijo, meu querido poeta!
Gostei ¨dele¨ e do jeito oscilante de ver o mundo. Me interesso mais pela esperança e ânsia por novos encontros, do que pelo adeus fulgaz aos encontros,mesmo que passageiros.
No mais... é uma leitura deliciosa.
bjos
Pena que não era Pão do Parque........rsrrs
E viva a pretensão, mas me encontrei ali entre riscos e rabiscos, uma música ou outra, no meu caso sempre a mesma se repetindo a exaustão, compondo o que ainda não tem definição. Abaços meus
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