O homem em busca de si, se perde no cheiro da menina que não sabe quem é.
Um tempo que separa as idéias, ideologias, idade.
Ele perdeu-se. Não encontrou, esqueceu, deixou levar-se, acalentado pelos braços da multidão.
Ela cresce, buscando, fugindo, esquivando-se de todos.
Ela pensa em quem é, mas não enxerga a imagem refletida do que se é.
Ele perdeu-se, deixou -se levar pelo instinto. Primário, animal: não pensa, não reflete, não acorda é puro reflexo condicionado, comandado, aprisionado pelo inconsciente.
O encontro, as ilusões confrontam-se!
Sociedade, dinheiro, posse, romance, futuro, esperança.
As ilusões confrontam-se!
Dois mundos em um, dois seres na busca eterna de ser um.
Dois sonhos vivendo a esperança sonâmbula de cada dia.
Um perdeu-se, outro busca, um esqueceu, outro não sabe.
A esperança, a desesperança.
As ilusões se confrontam!
Ele a quer. O bicho à espreita da caça.
Por dentro da máscara esculpida, esconde-se o animal extinto, sedento, feroz, sem sinapse, somente guiado pelo cheiro da menina que pensa quem é.
Nele, todos os nãos, todos os medos querendo pular para o corpo dela, querendo penetrar toda a sua culpa, toda a sua vergonha, toda tensão da multidão.
A necessidade de, por alguns minutos, sentir-se realmente morto, pois morto é a única sensação que o faz sentir-se vivo.
Ela repulsa o órgão acusador, indicador, desbravador. Lá não existe a licença.
Procura no outro o reflexo de si, o corpo de si, o cheiro de si, o amor de si.
Lá só existe o toque, o cuidado, o seu cheiro, o igual. Lá não tem a diferença que assusta, invade, penetra.
Ela também dorme por trás de sua máscara esculpida.
Ela não quer acordar. Acordar dói.
Ele, o tempo já o deixou morto, adormeçeu na busca.
As ilusões confrontam-se!
Ele, ela, sexo, cheiro, diferença, esperança, máscara, idade, tempo, medo.
As ilusões confrontam-se.
As ilusões confrontam-se.
As ilusões confortam-se.
As ilusões encontram-se.
As ilusões, as ilusões...
Asilu. Asilu. As. As.
A. A. (silêncio).
Um tempo que separa as idéias, ideologias, idade.
Ele perdeu-se. Não encontrou, esqueceu, deixou levar-se, acalentado pelos braços da multidão.
Ela cresce, buscando, fugindo, esquivando-se de todos.
Ela pensa em quem é, mas não enxerga a imagem refletida do que se é.
Ele perdeu-se, deixou -se levar pelo instinto. Primário, animal: não pensa, não reflete, não acorda é puro reflexo condicionado, comandado, aprisionado pelo inconsciente.
O encontro, as ilusões confrontam-se!
Sociedade, dinheiro, posse, romance, futuro, esperança.
As ilusões confrontam-se!
Dois mundos em um, dois seres na busca eterna de ser um.
Dois sonhos vivendo a esperança sonâmbula de cada dia.
Um perdeu-se, outro busca, um esqueceu, outro não sabe.
A esperança, a desesperança.
As ilusões se confrontam!
Ele a quer. O bicho à espreita da caça.
Por dentro da máscara esculpida, esconde-se o animal extinto, sedento, feroz, sem sinapse, somente guiado pelo cheiro da menina que pensa quem é.
Nele, todos os nãos, todos os medos querendo pular para o corpo dela, querendo penetrar toda a sua culpa, toda a sua vergonha, toda tensão da multidão.
A necessidade de, por alguns minutos, sentir-se realmente morto, pois morto é a única sensação que o faz sentir-se vivo.
Ela repulsa o órgão acusador, indicador, desbravador. Lá não existe a licença.
Procura no outro o reflexo de si, o corpo de si, o cheiro de si, o amor de si.
Lá só existe o toque, o cuidado, o seu cheiro, o igual. Lá não tem a diferença que assusta, invade, penetra.
Ela também dorme por trás de sua máscara esculpida.
Ela não quer acordar. Acordar dói.
Ele, o tempo já o deixou morto, adormeçeu na busca.
As ilusões confrontam-se!
Ele, ela, sexo, cheiro, diferença, esperança, máscara, idade, tempo, medo.
As ilusões confrontam-se.
As ilusões confrontam-se.
As ilusões confortam-se.
As ilusões encontram-se.
As ilusões, as ilusões...
Asilu. Asilu. As. As.
A. A. (silêncio).
9 comentários:
Muito tocante o texto, envolvente como todos que você escreve... (Acho que é por isso que eu gosto tanto dos teus textos, me identifico com eles.)
Gostoso ler algo tão cheio de sentimentos e de leveza.
Esse desejo que se tem para a conhecer e dela permanecer fugindo um dia acaba.
Uma hora acordar não vai doer mais, e ela será capaz de ver o mundo que a aguarda, e ele talvez não vai nais precisar se esconder atrás de máscaras, ele vai notar que muitas vezes não precisa se esconder.
Acho que a vida é uma troca de medos, de ilusões e de tudo o que somos capazes de sentir! Como você mesmo diz, a vida é uma eterna troca, não importa do que!
Adorei!
Beijos Beijos *;
Linduuuuu, irreal e real ao mesmo tempo; pois quem nunca quis aquilo que não lhe pertence?
Vou ler os outros tah,
ahh, esses encontros e desencontros, essas buscas e quereres de menino e menina... a gente tá sempre se procurando, né!?
Oi, André! Isso sobre o centro do furacão acho que é verdade, rs...
E obrigada pela acolhida, ingresso para a Roda-Gigante você tb já tem.
Encontrei a menina dos seus olhos lá no Bicho-Solto. Gostei aqui do seu cantinho.
Até mais! Bjs
Medo...
Estou com esta palavra cravada em meu peito desde seu adeus
Medo do que quero, do certo ou errado. Meu idealismo se esconde por trás das máscaras que a vida e eu me dou.
Amei, amei e amei este seu poema...
Por mais uma vez venho lhe agradecer por você existir!
Mesmo distante pelo tempo, idade, espaço e mundos, sinto como não estivéssemos desligados por completo.
E realmente não quero acordar, rs...
Beijos em seu coração.
ÂNSIA DE VIVER
É NESSE VAI E VEM QUE A VIDA SE DA BEM
Profundo.
Tocante.
Sensorial.
Beijo e mais silêncio.
Puxa André , muito legal esse texto !!!
Tive a percepção de que talvez as expectativas e ilusões são projetadas em outras pessoas , e não em nós mesmos...
Um abraço meu querido !!
Jr.
Leio sempre todos seus textos, mas ainda tenho esse como preferido. Leio sempre que visito seu blog.
Beijos...
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