Em uma noite sem estrelas, o céu chora.
Uma carro na escuridão corre. O freio não funciona. Ele não pára.
A sirene vermelha grita!
O freio . Ele está vindo, mas ele não pára.
A porta de vidro explode. Agora sim, pequenas estrelas, mas elas estão no chão.
Ele ainda vem, mas ainda não pára.
Ele ainda vem, mas ainda não pára.
O menino nasce sozinho e corrido.
Seu destino, não sei.
Sem pai, um parto de horas.
Em janeiro o início, do quê?
Enquanto um nasce, outro morre.
Uma esquina, um túnel, ele não pára.
Algo acontece. Uma passagem: do líquido para o seco, do quente para o frio.
Ele que vir, ver esse lado, ser esse lado, mas um sopro queima.
Agora não tem volta, o relógio anda, até o momento da volta. Quando?
Entre tantos, mais um. O garoto sozinho, corrido.
Seu destino, não sei.
Uma luz indica o caminho, uma luz fria, do silêncio para o barulho.
Nasce um sem eu, sem nome, sem nada para ser e com tudo que acharão que deva ser.
Uma dor, um medo!
Seu destino, não sei.
Lá fora, o céu ainda chora. Aqui dentro a tensão e plasma.
O garoto continua não sabendo o seu destino, ess é o provérbio. Será? Por quê?
Hoje ele corre, continua correndo, sozinho, não pára, não consegue, pois foi assim que nasceu: Com estrelas de vidro aos pés, bonitas, brilhantes e cortantes.
Seu destino , não sei.